sábado, 30 de agosto de 2014

Ouves a chuva



Ouves a chuva e não dizes nada
ouves a chuva e já madrugada
escreves razões esperanças também
inventas abraços não sentes ninguém

escrever sem parar
num querer e não querer
nesse coração tanto por dizer
sentes a chuva e não dizes nada
cama ainda feita e é já madrugada

inventas beijos nas palavras certas
ouves gargalhadas nas ruas desertas
há tudo em ti em troca de nada
choras com a chuva e é já madrugada

ouves a chuva e não dizes nada
gritos calados em porta fechada
noite sem dormir inventando o amor
acordas o dia com sorriso em flor


Ester Cid

(ao abrigo do código do autor)
Fotografia:Google