Alentejo... meu amor
nasceu em ti a ceifeira
que no ventre tinha vida colhida na sementeira
tingiu os campos de sangue
a ceifeira e camarada
nasceram rubras papoilas
num campo sem pão sem nada
gritando por liberdade urgente revolução
searas de dor suor esperança amor e coração
Alentejo semeado
com sementes de paixão
fazendo searas mil com a força da razão
Meu Alentejo sonhado.
Ester Cid
(ao abrigo do código do autor)
Gravura de José Dias Coelho - morte de Catarina Eufémia