quarta-feira, 2 de julho de 2014

CATARINA





Alentejo... meu amor

nasceu em ti a ceifeira

que no ventre tinha vida colhida na sementeira


tingiu os campos de sangue
a ceifeira e camarada

nasceram rubras papoilas
num campo sem pão sem nada

gritando por liberdade urgente revolução
searas de dor suor esperança amor e coração

Alentejo semeado

com sementes de paixão
fazendo searas mil com a força da razão

Meu Alentejo sonhado.


Ester Cid


(ao abrigo do código do autor)
Gravura de José Dias Coelho - morte de Catarina Eufémia