Aqui onde não há pão nem vinho
onde não se ouvem cantar os galos
aqui onde não há aroma de rosmaninho
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aqui onde não ouves as rãs nem o sino
não consegues ver as estrelas e a lua
neste teu céu citadino
aqui onde não me sinto tua
aqui onde a chuva cristalina não vem teu rosto beijar
onde o vento não dança nem canta
aqui onde as crianças não podem na rua brincar
e o teu grito morre na garganta
aqui onde não há trabalho
não há searas de pão
onde não há casa para habitar
aqui onde é urgente sonhar
onde se perde razão
aqui onde tudo está a secar
aqui... meu amor estamos
Amanhã quero levar-te daqui
quero dar-te a mão
e de mansinho caminharemos juntos para a fonte da liberdade
Amanhã...meu amor... Amanhã.
Ester Cid
Imagem: Google