de um passeio que os dois demos pelos campos primaveris do nosso Alentejo.
Debaixo de um sobreiro, comendo a nossa merenda ele perguntou-me:
"Querida, porque estás triste? "Até te apanhei um grilo e o coloquei na gaiola para o levarmos para casa e o ouvires cantar, como tanto gostas." Respondi-lhe que estava triste por ver o grilo preso na gaiola.
O meu avô sorrindo pegou na gaiola feita de cana retirou a minúscula porta feita em cortiça e deixou o grilo em liberdade dizendo-me de seguida:
"Um dia o povo também irá viver em liberdade, e esse dia minha querida neta, o povo terá a alegria e ternura que vi no teu olhar quando soltei o grilo"
Ester Cid